quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Sozinho


Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando oconceito de amor.
O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual existaindividualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação dedependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A ideia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século.
amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.
Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.
A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo.
Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas.
Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou.
Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo.
O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.
Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade.
Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.
solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa.
As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.
Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.
Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.
Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro.
Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há oaconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser am

A humanidade é desumana


Hoje as pessoas não falam mais, "meus sentimentos", estão indiferentes aos sentimentos dos outros, ou seja, ao sofrimento alheio. As empresas por outro lado, tem favorecido que isso ocorra na prática e não é de agora, mas veio de um processo começado e favorecido pelo individualismo exacerbado. Se uma pessoa fala que um parente falece, é como se o outro não tivesse dito nada, e começa-se a falar sobre outro assunto, deixando o outro sem uma palavra simples. Quem fala de alguém que falece, é porque essa pessoa se importava com o ente querido. 
A humanidade que desumaniza, onde deixou de olhar o outro, de notar-se que também é um ser humano, pois somente posso sentir-me ser humano e perceber que não estou alienado, no campo da solidariedade, a partir do momento que percebo a identidade do outro, as pessoas tem se isolado, não  percebendo-se a si mesmas, de casa para o trabalho, do trabalho para faculdade e suas obrigações cumpridas.
A atitude solidária tem sido uma escassez cada vez maior, e quando ocorrem às atitudes, mostra-se que vem trazer uma exaltação de si mesmo, e por motivações egoístas, mas algo em doar-se no sentido de ajudar o outro, tem sido algo raríssimo, e que acaba sendo o não perceber-se tanto no subjetivo, como no coletivo. Porque as pessoas hoje estão tão doentes? Será porque as pessoas estão com tantos diagnósticos de doenças psicossomáticas? 
Humanidade que desumaniza que deixar de olhar para o outro, mas que ao mesmo tempo considera que os outros têm que olhar para ele, mas nunca planta nada, nunca apoia em nada. Atos de compaixão têm sidos raríssimos, atitudes de boas palavras, quase não tem se ouvido mais. Por que será que mais e mais pessoas, sofrem com úlceras gástricas? gastrites? depressão? Será que pedir perdão é algo ruim? Será que embora tenha falado algo que não volta mais a traz, é tão ruim de ir lá ser humilde e pedir perdão? Repensar a atitude será tão ruim assim?

Política e politicagem e os fatores que a diferenciam


Diferença entre política e politicagem

Hoje no Brasil, se faz mais politicagem do que política. O que seria essa politicagem? Acordos milionários, troca de cargos, troca de apoios políticos e vários outros tipos de atos ilícitos que corrompem a política brasileira. Um caso recente de politicagem é a dificuldade de Lula de dar os cargos de seu governo para os partidos que lhe apoiaram nas eleições de 2006. Muita gente pra pouco cargo. Tanto que Lula foi obrigado a criar vários ministérios, chegando a mais de 30 ministros e secretários.
Política é o ato de representar o povo, lutar pelos interesses do povo. Coisa que raramente acontece, o que vemos é uma deformação da política. A políticagem acontece por debaixo dos panos, em restaurantes, em hotéis. É nessa deformação da política que nascem os mensalões, mensalinhos, caixas 2 e outros tipos de corrupção. Na troca de cargos políticos, só ganhou cargo quem apoiou o Lula nas eleições. Partidos de oposição, seja de esquerda como o P-SOL, PCB e o PSTU, ou de direita como DEM e PSBD, nenhum ganhou um cargo político. Nessa mesma políticagem, Mangabeira, que fez forte oposição a Lula, ganhou um cargo do tipo “não-faz-nada”.
É por essa politicagem que todos os deputados em plena madrugada de terça-feira estava trabalhando feito loucos para aumentar seus próprios salários. Coincidência ou não, a votação foi feita no dia da chegada do Papa ao Brasil. Enquanto todas as emissoras davam destaque a Sua Santidade, os deputados votavam se eles queriam receber mais ou não. Um claro exemplo de politicagem sem pudor.
O que o Brasil precisa não é de combate a política, mas sim de combate a politicagem e os politiqueiros e seus descendentes. O Brasil precisa de uma política anti-politicagem.